sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Liturgia Chinaski (cut-up)

De manhã levantava-me, vomitava, dirigia-me para a sala da frente e olhava para o sofá para ver quantas lá estavam.

Vesti uma camisa e umas calças antes de abrir a porta. Depois corri para a casa-de-banho e vomitei. Tentei lavar os dentes mas não consegui senão vomitar mais. ...continuei a beber cerveja e vinho. Quando chegámos cá fora comecei a vomitar, saiu toda a cerveja e todo o vinho. Saíam jorros e espalhava-se pelo silvado ao longo do passeio - uma golfada ao luar. «OK, OK», disse. «Espera um pouco». Vomitei outra golfada sobre outro silvado, que estava a morrer.

«Eh, miúdas! Aqui está o maior poeta dos últimos dezoito séculos! Abram a porta! Vou mostrar-vos uma coisa! Um doce alimento para os lábios das vossas vaginas!
Abram! Tenho uma enorme coisa vermelha! Oiçam, vou bater à porta com ela!»
Sem sorte. «Os maiores homens são os mais solitários.» Fechei a porta, sentei-me na cama e acabei com a garrafa de whisky que trazia comigo.
«Eu quero foder contigo», disse.
«É por causa da tua cara.»
«O que tem a minha cara?»
«É magnífica. Quero destruí-la com a minha cona.»

«Ele saiu para vomitar e enquanto vomitava, Tammie agarrou-lhe no caralho e disse: 'Vamos lá para cima e eu faço-te um broche. Depois pomos o teu caralho num ovo da Páscoa.' Ele disse que não e ela disse: 'Qual é o problema? Não és homem? Não consegues conter o teu leite? Vamos lá acima que eu te chupo tudo!'» Nessa noite levei Tammie às corridas de cavalos.

Mais cerveja.

«Hank?»
«Sim?»
«Foi por causa de uma mulher que cá vieste?»
«Sim.»
«Vamos foder.»
«Bebi demasiado.»
«Vamos para a cama.»
«Quero beber mais.»
«Assim não serás capaz...»
«Eu sei. Espero que me deixes ficar mais quatro ou cinco dias...»
«Isso dependerá das tuas actuações.»
«Parece-me bastante justo.»

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